terça-feira, 9 de abril de 2013

Tutorial SIG - Google Earth e Google Earth Pro


Compartilhamos o documento elaborado pela Revista MundoGEO que traz uma série de tutoriais, chamada “Por dentro do Google Earth”, que mostra, na primeira parte, como tirar o máximo de proveito da versão gratuita do Google Earth. A segunda parte tem como tema o Google Earth Pro.
O Google Earth pode ser obtido gratuitamente em http://ning.it/QVWyVG. Dois formatos de arquivos são os mais utilizados para exibir dados geográficos no Google Earth: o KML e o KMZ. A diferença entre eles é que os arquivos KMZ são compactados, semelhantes aos arquivos ZIP.
Para obter conteúdo oficial e confiável para exibir no Google Ea rth, entre no site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em http://ning.it/TW1h6E, e escolha malhas_digitais->censo_2010-> setores_censitarios_kmz. A escala é compatível com 1:250.000 sem supressão de pontos, estando em coordenadas geográficas e referenciadas ao Sirgas2000, portanto, compatíveis com o Google Earth que adota o WGS84.
Primeiros passos para usar Inteligência Geográfica na Cloud "Nuvem" 
Criação e compartilhamento de conteúdo geográfico com o ArcGIS Online
Vamos conhecer os benefícios da utilização do GIS na Cloud usando ArcGIS Online através deste tutorial que será dividido em três partes: Criação e compartilhamento de conteúdo geográfico; Espacialização de dados e geração de Dashboard geográfico; Configuração de aplicações web (JavaScript, Flex, Silverlight) e móveis (Tablets e Smartphone).
O ArcGIS Online é gratuito?
O acesso ao ArcGIS Online é feito através do endereço www.arcgis.com. A principal dúvida, no entanto, é quanto à gratuidade do acesso ao ArcGIS Online. Ao acessar a página principal do ArcGIS Online, o usuário é convidado a fazer um teste da subscrição (assinatura anual) do ArcGIS Online.
O teste pode ser feito por até 30 dias e lhe dá direito a usar todas as funcionalidades do ArcGIS Online que serão apresentadas neste tutorial. Para fazer o teste, clique em 30 DIAS GRÁTIS PARA TESTES. Após o período de teste, caso você opte por não adquirir a sua assinatura anual, você pode migrar sua subscrição para uma conta pessoal do ArcGIS Online. A assinatura tem como principal foco o mundo corporativo, ou seja, empresas devem usar esta licença para ter seu GIS na cloud.
E quanto à versão gratuita? Caso você queira fazer uso do ArcGIS Online como pessoa física, você deve acessar www.arcgis.com e clicar em PÁGINA INICIAL, localizado na área Mapas para Uso Pessoal, no rodapé da página principal do ArcGIS Online. Para mais informações sobre o Arc-
GIS Online, acesse http://ning.it/XagCEd. Você encontrará a Ajuda do ArcGIS Online totalmente em português.

Criando mapas com os visualizadores ArcGIS.com e ArcGIS Explorer Online
Ao entrar com suas credenciais na tela de login, você terá acesso às funcionalidades do ArcGIS Online. No item pesquisar (localizado no canto direito, parte superior) faça uma busca pelas palavras chave: “ibge influencia”. Você encontrará um mapa chamado: Região de Influência das Cidades. Este mapa apresenta um estudo realizado pelo IBGE sobre a rede urbana brasileira, que serve de subsídio ao planejamento estatal e às decisões quanto à localização das atividades econômicas de produção, consumo privado e coletivo. Abra o primeiro mapa da lista de resultados com o ArcGIS.com. Clique em Marcadores para visualizar as regiões brasileiras. Pesquise outras camadas contidas neste mapa, tais como: Densidade Urbana, Densidade Rural, Evolução da Densidade entre 2000-2010, etc. Para cada região do Brasil, você vai perceber as relações sociais e os padrões espaciais que delas emergem.
Salve uma cópia deste mapa, fornecendo nome, palavras chave (tags) e uma breve descrição sobre seu conteúdo (resumo). Toda vez que o IBGE modificar este mapa, você receberá as modificações neste mapa que você acabou de salvar.

Vamos enriquecer esta análise? Clique no menu Meu Conteúdo para acessar o mapa que você criou. Abra-o no ArcGIS Explorer Online, clicando na seta ao lado da palavra Abrir (Mais Opções) e selecionando Abrir com ArcGIS Explorer (você precisará instalar o Silverlight, caso não esteja instalado). Clique em adicionar conteúdo, digite “censo” e inclua em seu mapa o serviço de dados municípios do IBGE que possui a quantidade de analfabetos por faixa etária. O nome deste serviço é “Escolaridade”. Após alguns segundos, você verá o mapa adicionado.

Na barra de ferramentas à esquerda, clique em camadas. Você verá todas as camadas referentes aos dados espaciais contidos em seu mapa como camadas. Clique em camada “Analfabetismo por faixa etária” e logo depois em detalhes. Para melhorar a visualização, mude a transparência da camada (sugiro 50%) no item Opacidade. Agora, vamos filtrar os dados deste mapa pelo campo região. Clique no botão adicionar, no item Filtro, escolha o campo REGIAO, operador Igual e digite o texto Sudeste. Agora você verá somente os municípios da Região Sudeste. Hora de adicionar alguns gráficos! Ainda na janela Detalhe da Camada, clique em Configurar no item Pop-ups. Faremos algumas alterações que permitirão entender nossos dados através de gráficos. Apague o conteúdo do item título, clique no botão azul (+) e selecione o campo NOME contido na lista. Clique em Desmarcar Tudo, habilite somente o campo REGIAO. Clique no item Mídia da janela Configurar Pop-ups. Criaremos gráficos agora! Clique em Adicionar e escolha o Gráfico em Colunas. Você verá os campos que têm valores numéricos que permitirão a geração de gráficos. Cada campo possui um destes prefixos. Digite o Título: Análise de Analfabetismo por Faixa Etária – 15 a 29 anos. No item Campos do Gráfico, selecione os campos: AN15A29, PO15A29 e PER15A29. Um detalhe, AN = Quantidade de Analfabetos, PO = População Total por faixa etária e PER = Percentual de Analfabetos. Faça um gráfico para cada faixa etária. Agora, ao clicar em qualquer município, você verá os gráficos criados e poderá analisar os resultados!
Atividade Extra
Além de criar um gráfico por município, você pode fazer comparações entre municípios em um Painel de Controle com o ArcGIS Explorer Online. Para fazer isso, clique no botão Painel que fica na barra de ferramentas central do ArcGIS Explorer Online, Adicionar Dispositivo, escolha o Dispositivo Indicador. Na janela Configurar Indicador, digite “Alerta de Analfabetismo” no item Título, “Faixa etária: 15 a 29” no segundo item Título (subtítulo), mude o estilo dos indicadores para polegar verde e vermelho, selecione o campo NOME no item Campo de Nome, selecione o campo PER15A29 no item Campo Valor, selecione “Menor ou Igual a” no item Comparação, digite 2 no item Valor Alvo e, por fim, marque a opção “Exibir dispositivo de comparação”. Pronto! Agora clique em um município e passe o cursor sobre outro município que você deseja comparar o percentual de analfabetismo na faixa etária de 15 a 29 anos. Faça o mesmo processo para outros campos e outras análises que desejar.
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Por dentro do Google Earth
Veja como tirar proveito das funcionalidades da versão Pro
Neste tutorial vamos utilizar uma licença gratuita válida por sete dias do Google Earth Pro, disponível em http://ning.it/W07Ozw. Instale o aplicativo em seu computador, execute e forneça seu nome de usuário e a chave de licença enviada para o email que você forneceu no cadastramento. Clique em Efetuar Login. Note que agora as funções do Google Earth Pro estão disponibilizadas e o globo virtual é exibido na tela principal (visualizador 3D). Dicas são mostradas em uma janela flutuante e uma dica muito interessante é aquela que sugere como importar dados do Sistema de Informação Geo-
gráfica (SIG). Um dos diferenciais do Google Earth Pro, quando comparado com o Google Earth Free, é a possibilidade de realizar mensurações utilizando as ferramentas avançadas, que permitem medir linhas, caminhos, polígonos e círculos. Outro aspecto que diferencia a versão Pro da versão Free do Google Earth é a possibilidade de importar diversos formatos de arquivos, dentre os quais SHP.

Como obter arquivos SHP?
Para obter conteúdo oficial e confiável para exibir no Google Earth Pro, entre no site do IBGE em http://ning.it/TW1h6E e escolha malhas_digitais->municipio_2010. A escala é compatível com 1:250.000 sem supressão de pontos, estando em coordenadas geográficas e referenciadas ao Sirgas2000, portanto, compatíveis com o Google Earth que adota WGS84. Neste tutorial vamos utilizar os dados disponibilizados para o Estado de São Paulo, portanto baixe para seu computador o arquivo “SP.zip”. Descompacte o arquivo “SP.zip”. Observe que na pasta “SP” você terá acesso a arquivos das extensões SHP, SHX, PRJ e DBF. O Google Earth Pro importa arquivos SHP desde que haja arquivos PRJ correspondentes, os quais informam qual sistema de projeção e datum foram adotados. Considerando que o Estado de São Paulo tem geocódigo 35, todos os nomes dos arquivos iniciam com esses numerais, em seguida vêm duas letras, indicando tratar-se de: Unidades da Federação (UF), Municípios (MU), Mesorregiões (ME), Microrregiões (MI), Distritos (DS), Subdistritos (SD) e Setores Censitários (SE).
Como importar arquivos SHP?
No Google Earth Pro há duas opções associadas com “Lugares”, uma delas é “Meus lugares” e a outra é “Lugares temporários”. Clique com o botão direito do mouse em “Meus lugares”, note que será aberto um menu com opções. Clique em Adicionar->Pasta.
Na janela flutuante que se abre digite o Nome da Pasta: “Arquivos SHP do IBGE”. Em Descrição digite “Fonte: IBGE”. Clique em OK. Observe que agora, abaixo de “Meus lugares”, aparece a pasta recém criada, embora no momento não haja conteúdo nessa pasta. Clique em Arquivo->Importar. Indique o caminho onde você salvou seus arquivos baixados do site do IBGE. No canto inferior direito da janela flutuante exiba a lista suspensa de todos os tipos de arquivos que podem ser importados para o Google Earth Pro, escolha ESRI Shape (SHP). Observe que agora todos os arquivos SHP são listados, clique sobre o arquivo “35MEE250GC_SIR.shp”, que representa as Mesorregiões do Estado de São Paulo. Este arquivo foi escolhido como demonstração, tendo em vista que o Google Earth Pro na versão de avaliação restringe o número de elementos que podem ser importados, algo que não ocorre na versão completa (seja ela paga ou educacional). Uma mensagem será exibida, questionando se você deseja aplicar algum modelo aos recursos absorvidos. Clique em Não. Arraste e salve seus resultados em “Meus lugares” na pasta “Arquivos SHP do IBGE” e exiba as subpastas descendentes. Analise o resultado mostrado no navegador 3D e observe que as cores podem ser diferentes das mostradas neste tutorial, pois estão configuradas para serem aleatórias.
Como alterar as propriedades dos dados vetoriais?
Clique com o botão direito do mouse sobre o nome da pasta 35MEE250GC_SIR.shp no painel à esquerda e escolha Renomear. Digite o nome como “Mesorregiões do Estado SP”. Clique no mapa onde está localizada a Mesorregião de Presidente Prudente. Um balão será exibido contendo o número de identificação (12), o nome da mesorregião e o geocódigo do Estado. Clique com o botão direito do mouse sobre [sem nome] correspondente à Mesorregião de Presidente Prudente e escolha Propriedades. Note que o polígono fica destacado no mapa. Na janela flutuante digite o nome do polígono como “Presidente Prudente”, depois clique em OK. Repita o procedimento e renomeie todas as Mesorregiões do Estado de São Paulo. Clique com o botão direito do mouse sobre o nome da subpasta 35MEE250GC_SIR e escolha “Classificar de A a Z”, para que os nomes as mesorregiões sejam mostrados em ordem alfabética.
Clique de novo com o botão direito do mouse sobre a subpasta 35MEE250GC_SIR e escolha Propriedades. Na janela flutuante, clique na aba Estilo/Cor. Será mostrada a mensagem “As pastas descendentes não possuem o mesmo Estilo”. Clique no botão abaixo se quiser que elas assumam o mesmo Estilo. Clique em Compartilhar Estilo. Note que a caixa Aleatória realmente está habilitada, conforme comentado anteriormente. Se desejar, desabilite a opção Aleatória e observe que todas as regiões são mostradas em uma única cor (no caso, o branco, que é a cor selecionada na paleta para Área). Altere a área de Sólido+Circunscrito para Circunscrito e analise o resultado; depois altere de volta para Sólido+Circunscrito mas altere a porcentagem de opacidade. Altere a cor das linhas para outra que desejar, aumente a largura das linhas e avalie o resultado obtido. Clique em OK quando estiver satisfeito com a aparência do mapa temático.
Você poderá seguir o mesmo procedimento para qualquer outro estado brasileiro que conste na listagem disponibilizada no site do IBGE.



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