sábado, 16 de março de 2013

Salve Aziz!


Há um ano atrás falecia um grande mestre da ciência Geográfica.

Considerado como referência em assuntos relacionados ao meio ambiente e a impactos ambientais decorrentes das atividades humanas foi um cientista polivalente, laureado com as mais altas honrarias científicas, em arqueologia, geologia e ecologia.

Tarde nos demos conta da importância das suas pesquisas, artigos, palestras e livros publicados. Fica a saudade e a memória impressionada em laudas de um Homem a frente de seu tempo. As sementes que plantou germinarão para sempre.

Caatingas: o Domínio dos Sertões Secos.

"Nota-se que, além de produzir alimentos os mais diversos, os brejos de cimeira dão origem a pequenos engenhos "rapadureiros", de grande interesse para a diversificação da dieta dos homens do sertão. Longe da costa, criam-se celeiros bem distribuídos, que passam a abastecer as primeiras feiras estabelecidas em cidades e cidadezinhas dos sertões. Trata-se de um insinuado ponto de trocas, envolvendo produtos de diferentes espaços do Nordeste Seco: feiras de gado, de um lado; feiras de alimento, acessórios e montaria e artesanatos úteis, de outro. Uma espécie de troca indireta.
Vendia-se um pouco de gado. Compravam-se farinha de mandioca, café, legumes, selas, baixeiros, cabrestos, lamparinas, querosene, potes e potões de barro, jacás, cestas e "aliozes". Além de rapaduras, aguardentes, fubás e, eventualmente, pedaços rústicos de queijos do sertão. E logo uma grande variedade de confecções simples, relacionadas com as necessidades de vestuário para mulheres, crianças e homens. Mais recentemente, os indefectíveis objetos plásticos".

Trecho do Livro: Os Domínios de Natureza no Brasil - Potencialidades Paisagísticas, 2003.


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