Quase 60 toneladas de material reaproveitável virou lixo comum e foi parar no aterro sanitário.
Sem comunicar aos moradores, a Prefeitura de Ribeirão Preto suspendeu a coleta seletiva desde o dia 3 de janeiro. Embora o material separado pela população continue sendo recolhido em alguns pontos da cidade, a coleta está sendo destinada ao aterro sanitário, misturada ao lixo comum.
Em 21 dias, pelo menos 57 toneladas de material que poderia ser reaproveitado, foi descartado.De acordo com a cooperativa Mãos Dadas, que faz a triagem do material, a prefeitura não efetua o pagamento pelo serviço desde março do ano passado, e ainda aguarda por melhorias na infraestrutura do local. "Desse modo, não temos condições de continuar aceitando o material", explicou a presidente da entidade, Iracy Pereira.
Entre os problemas citados, está a falta de muro no local, de extintor e problemas em equipamentos após uma enchente registrada no início do ano. O serviço de coleta de recicláveis é feito pela Leão Ambiental e pago pela Prefeitura de Ribeirão Preto. O custo de cada tonelada retirada das ruas é de R$ 360.
A Leão também é responsável por retirar os rejeitos (materiais não aproveitados após a triagem) da cooperativa pelo menos uma vez por semana, mas não estaria cumprindo o combinado. "A situação traz prejuízo moral, ambiental e econômico.
As pessoas continuam fazendo a separação e sequer foram informadas por quem quer que fosse de que o serviço estava suspenso", afirmou a conselheira Camila Riberto Ramos, do Condema (Conselho Municipal do Meio Ambiente).
Prefeitura quer readequar área da cooperativa
Em nota, a Leão Ambiental informou que está estudando um plano emergencial para atender a atual capacidade da cooperativa Mãos Dadas para recebimento do material reciclado. A empresa culpou a entidade, pelos problemas de espaço em sua área, o que dificultaria a entrega do material coletado.
Prefeitura
A prefeitura informou, também por meio de nota, que a coleta seletiva tem calendário definido em seu contrato. E pela falta de espaço na cooperativa, está reestruturando a área para comportar adequadamente o material coletado das casas.
Porém, não informou porque deixou de esclarecer à população que a coleta seletiva estava suspensa. "Estamos trabalhando em conjunto com a Leão Ambiental e a cooperativa Mãos Dadas para resolver a questão no menor espaço de tempo possível".
Fonte: A Cidade. Acesso em: 30/01/2013.
Foto: Mariana Martins/Especial
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