Aos 86 anos, o geógrafo que ajudou a criar as bases da climatologia no Brasil lê e escreve sobre literatura todos os dias. Tão logo se aposentou da Universidade de São Paulo (USP), em 1987, Monteiro passou a limpo 40 anos de trabalhos pioneiros em climatologia, realizados no Rio de Janeiro, Santa Catarina, Brasília e São Paulo. Seus estudos levaram a novas abordagens para a análise do clima urbano, detalhadas em 1974 no livro Clima Urbano, e ganharam uma síntese em Clima e Excepcionalismo, de 1991. Só então se entregou a outras duas paixões, a literatura e a filosofia, e escreveu mais um livro, O Mapa e a Trama, em que analisa a obra de escritores como Guimarães Rosa, Graciliano Ramos e Graça Aranha do ponto de vista da geografia e das estruturas sociais.
Antes de começar a conversa em seu apartamento, em Campinas, Monteiro põe na mesa livros que escreveu, desenhos que fez e fotos de Teresina (PI), de onde partiu aos 18 anos e sobre a qual já escreveu cinco volumes, usando a história da família como pretexto para tratar das transformações da cidade, da sociedade e do mundo. O geógrafo raramente concede entrevistas, mas decidiu conversar sobre geografia, literatura e, claro, seu passado como pesquisador.
Confira a entrevista completa feita pela Revista Pesquisa FAPESP no link: http://www.revistapesquisa.fapesp.br/pdf/171/010-015-171.pdf
Homenagem do Departamento de Geografia - UNESP Rio Claro ao Prof. Dr. Carlos Augusto F. Monteiro, em 2010.
Grande geógrafo e professor !!!! Felicidades ao professor Carlos Augusto !!!!
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